Recriação arrebatadora da pintura épica de Pieter Brugel A Procissão para o Calvário, de 1654. No filme, Rutger Hauer representa Bruegel, Michael York vive um colecionador de arte amigo do pintor e Charlotte Rampling é a inspiração para sua Virgem Maria. Assim o diretor conta a história da pintura por meio de uma análise minuciosa de rituais seculares da vida cotidiana flamenga no século 16, em toda a sua ocre imundície, com cenas que revelam as escolhas artísticas de Bruegel e o contexto político do momento. A pintura, literalmente, ganha vida neste filme em que as cenas invadem o espectador como um sonho adentra um corpo adormecido.
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